quarta-feira, 27 de abril de 2011

Para o bem das nossas crianças - o nosso futuro: desarmamento, um debate contínuo!

Sabemos que a criminalidade vem aumentando desde 2005 quando teve o plebiscito sobre desarmamento. Naquela época, os eleitores votaram em favor das armas. Agora, depois da chacina de 12 adolescentes numa escola de Rio de Janeiro, a população brasileira está sendo novamente convidada a discutir a desarmamento. Se é uma reação emotiva, não importa. O que é importante é continuar discutindo a questão, pois a população indefesa está sendo continuamente ameaçada.
O TVE Bahia Debate da terça-feira (26.04.2011), abordou a questão do desarmamento. Para discutir o tema, foram convidados, entre outros, Heloniza Costa, coordenadora do Fórum Comunitário de Combate à Violência, e Luís Lasserre, editor do jornal A Tarde. O debate tocou em muitos aspectos do assunto de desarmamento. Sempre é muito complexa a noção da segurança que uma arma dá a um cidadão brasileiro. É segurança e proteção, ou é instrumento que leva a mais e mais violência? Será que não têm outras alternativas a não possuir a arma? Já falamos numa outra postagem da possibilidade de fechar as fábricas de armas e de tomar medidas práticas como a instalação de detectores de metais nas escolas. Lembremos que os muros ao redor da nossa casa sobem até o infinito, as grades também. A posse de uma arma tem apenas uma função, no caso necessário a usar com o risco de mais vítimas. Um assunto que surgiu direto durante o debate por parte de todas as três pessoas convidadas foi o urgente papel da educação. A fase mais importante na vida do ser humano é a de nascimento até a idade de sete anos. A educação infantil é de suma importância. Observando nossos bairros, vemos que as creches estão se esforçando a criar ambientes saudáveis para as nossas crianças. Temos a creche comunitária "Creche e Escola da Fraternidade" ao lado do Projeto Consolação (Rua Alto do Capim, Nordeste de Amaralina). Ela é um exemplo excelente com a sua atitude comunitária e solidária, oferecendo uma educação boa, transmitindo valores de respeito, dignidade, igualdade e cidadania. Assim dizem os quadros bem visíveis na entrada da creche. Eles falam do sonho desta instituição: "Construir uma sociedade mais justa e fraterna, onde haja mais respeito, menos desigualdade social e mais amor ao próximo". Também lemos os objetivos: "Oferecer à comunidade uma formação integral que englobe a interiorização de valores culturais, étnicos, morais e sociais, para viver dignamente". E por último, o quadro da missão: "Promover uma educação transformadora com a finalidade de formar pessoas, comprometidas na construção do exercício de uma cidadania plena." Temos uma boa parceria com esta creche e estamos gratas por poder contar com o seu apoio.
Outro aspecto que o debate abordou foi a estrutura familiar. O jornalista falou da realidade da família atual: muitas vezes com a ausência do pai e com a mãe trabalhando, a avó se torna chefe da família. É ela que tem um cargo muito importante na nossa sociedade. Muitas vezes, os desafios vão além das forças dela. Temos que cuidar mais das nossas queridas avós que são ponto de referência para todos e todas nós, principalmente para os nosso jovens. São elas que nos passam uma profunda sabedoria da vida baseada na dor que sofreram e ainda sofrem, e na perseverança que testemunham.
Um terceiro ponto que chamou atenção foi a mídia em relação à violência, ao desarmamento e à cultura da paz. Interessante foi ouvir a influência que têm os videogames na população jovem. Novamente, precisamos cuidar deste aspecto. Sabemos que um constante cliente no lan-house das nossas esquinas se fecha à vida social. Ele, já cedo na vida, se acostuma com os exercícios de tiros como o jornalista Lassere disse. Este ambiente não é favorável nem para o jovem, nem para nós enquanto sendo sociedade. Controlar o mundo globalizado de internet e destes videogames, é uma tarefa impossível. Mas estimular os jovens a ocupar o passa-tempo com outras atividades é uma tarefa que deveríamos abraçar. Habituar-se ao mundo irreal dos videogames e da tela sem engajar-se com o mundo ao seu redor, leva ao estranhamento, à solidão e à dissociação da realidade.
Quem gostaria de assistir o debate sobre o desarmamento, terá oportunidade na nova exibição no próximo domingo (01.05.2011), às 21h. Mesmo não concordando com as pessoas da mesa do debate, um programa deste tipo estimulará os nossos próprios pensamentos sobre o assunto e nos ajudará a formular nossa opinão em cima do tema.
Observação: colaboração Projeto Consolação

2 comentários:

  1. A forma que uma pessoa tem de pensar e agir tem influencia da educação que recebeu da família, escola, lugar onde foi criado, os amigos, religião, idade. Cada um é único, cada situação é vivida de maneira diferente. Porém se tem um problema, todos estão implicados, sozinho é dificil, mas uma pequena ação positiva provocará mudanças na fmília, na vizinhança fomando uma REDE DE PAZ. Parabens a LSS, Projeto Consolação e a Creche da Freternidade

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  2. Agradecemos pelos votos tão carinhosos e atenciosos. Assim se constrõe a rede das relações da paz!

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